quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O professor dinossauro: verdade, exagero ou ficção?


Cuidado: Parte desse post é uma ficção. Quaisquer semelhanças com pessoas, lugares ou eventos da vida real é uma mera coincidência.

Tem um “causo” que é contado ao redor das fogueiras de acampamento de jovens professores, metidos a filósofos e sociólogos, que não é uma narrativa de terror, mas poderia ser.
Esse causo narra as desventuras de um pobre sujeito que vivia lá na mítica Idade Média, em um país qualquer da Europa pseudo-feudal, e que para ganhar a vida tentava ensinar os filhos dos nobres a ler, escrever e a contar.
Um sujeito muito viajado, esse da nossa estória (sic); muito sábio apesar dos seus trinta e poucos anos, vivia em uma determinada cidade somente durante algum tempo. Depois de alguns anos na mesma vila/castelo os pais de seus alunos sempre se cansavam de pagar alguém para ensinar seus filhos tarefas tão simples quanto ler e escrever e exigiam que o nosso quase-vassalo trabalhasse tendo como salário um punhado de comida e uma cama. Essa era a hora de cair na estrada outra vez, embalado por melodias dedilhadas em seu arqui-violão.
Diz a lenda que esse sujeito foi vítima de algum bruxo/mago/feiticeiro/etc e acabou sendo mandado através do intrincado tecido do continuum espaço-tempo até a nossa era, de uma forma que somente nossa imaginação poderia descrever.
Claro que o sujeito ficou mesmerizado pelo que viu: casas feitas de pedra, mas com formatos muito estranhos, tão altas quanto castelos; pedaços de metal com rodas de borracha que carregavam seres humanos aparentemente comuns por estradas feitas de cimento preto; pessoas com roupas estranhas, coladas ao corpo, e até pessoas praticamente sem roupa, coisa que em sua distante época era um sinal de extrema pobreza; e muitas outras incongruências que nosso personagem teve que aceitar à força.
Encontrou algumas pessoas fisicamente semelhantes a ele, com roupas velhas, barba por fazer e diversos banhos atrasados. Conversando com algumas delas descobriu que nesse sonho estranho (ano de nosso Senhor de aproximadamente 2012) as pessoas recebiam dinheiro por seus serviços, e foi assim que resolveu entrar no famigerado mercado de trabalho, com roupas doadas por um albergue.
Nada do que nosso imigrante temporal tentou deu certo. Não conseguiu trabalho nas indústrias porque tinha medo das máquinas; do comércio foi despedido pois vendeu fiado e ninguém pagou; dizem que também tentou ser político, mas sua honestidade quase o cortou fora (literalmente falando).
O único lugar, mas o único mesmo, em que nosso protagonista se sentiu em casa foi... Acertou quem respondeu ESCOLA. E por quê raios uma pessoa trazida há 500 anos do passado se deu muito bem como professor, enquanto falhou em diversas outras carreiras profissionais? Seria essa sua verdadeira vocação, “o chamado irrecusável do saber”?
Alguns dizem que isso foi obra de um caprichoso Destino, mas os céticos apontam que a verdadeira razão é a seguinte: praticamente todos os setores da nossa sociedade sofreram modificações nos últimos séculos a ponto de se tornarem praticamente irreconhecíveis, MENOS A ESCOLA!
Pare um pouco para pensar: os processos de ensino utilizados no dia-a-dia nas salas de aula são praticamente os mesmos desde que a escola foi inventada!
A escola sempre foi composta por: 1) alguém para falar e ensinar 2) alguém para ouvir e aprender 3) repita isso durante doze anos e depois dê um diploma ao aluno.
E por qual motivo esse modelo está praticamente inalterado? Por que é eficiente? Por que é o melhor para o processo de ensino? NÃO! Esse modelo continua simplesmente porque é o mais cômodo, porque nesse modelo o sucesso ou o fracasso pode ser jogado nas costas do professor, sem que haja conseqüências para os demais envolvidos (alunos, pais, Ministério da Educação...).

O personagem da nossa estória (sic) não usou nenhuma interação com o computador em suas aulas, mas até aí diversos professores formados no século 21 também não utilizam; nosso professor não tratava nenhum de seus alunos com educação e respeito, mas até aí diversos professores em 2012 dizem que aluno deve ser tratado na base da “patada”; nosso personagem dificultava ao máximo a vida dos alunos, dava provas de 20 questões sem consulta e com 40 minutos para responder, não aceitava trabalhos atrasados e outras atitudes que diversos professores tomam diariamente na sala de aula.

E essa, meus caros “telespectadores”, é a situação atual da educação pública no Brasil. O sistema está valorizando os alunos indisciplinados e irresponsáveis, a saúde do professor está indo de mal a pior, e os pais estão cada vez mais distantes da escolas dos seus filhos.

Não vou indicar aqui soluções mágicas para os problemas já levantados, mas se não fizermos nada a situação ainda vai piorar ainda mais...


Frase para de caminhão para reflexão:
“A chave para o sucesso dos cruéis é o silêncio dos inocentes”

O Futuro e o "Triângulo 21"

Cuidado: essa estória (sic) é uma ficção. Quaisquer semelhanças com pessoas, lugares ou eventos da vida real é uma mera coincidência.

"Estamos no ano de 2022, no mês de outubro, às vésperas das eleições presidenciais.
“O país está a favor novamente da presidente Dilma, que já foi reeleita em 2014 e se retirou do cargo em 2018 e agora pretende voltar à Brasília como presidente eleita de nossa democracia pela terceira vez, evento inédito na nossa história.
“Estamos no topo do mundo agora, dominando o cenário político, econômico, social e cultural. O cinema brasileiro, após décadas de ostracismo internacional, vem mostrando uma qualidade cada vez maior, e está sendo exportado para todos os países em uma verdadeira enxurrada.
"Junto ao Brasil no topo do mundo estão a China e Índia, que formam o popularmente chamado “triângulo 21”, grupo formado pelas maiores potências mundiais que tomou as rédeas do mundo após a contínua derrocada dos Estados Unidos mostrada já no início do século 21.
“A última medida desesperada dos Estados Unidos para captar mais recursos e continuar governando o mundo de seu trono invisível foi declarar guerra ao nosso país dois anos atrás, em 2020, sob o pretexto de “proteger os recursos da Amazônia, a floresta planetária”.
“Ao contrário do que ocorreu em situações anteriores, quando os Estados Unidos ignorou a autoridade dos demais países e fez o que bem entendeu com o Vietnã, Afeganistão e Iraque, o Brasil conseguiu sensibilizar praticamente todos os países integrantes da ONU em nossa defesa.
“Após assinarmos diversas políticas nacionais e internacionais garantindo a eterna proteção de nossas florestas e demais recursos naturais, a “guerra que não foi guerra” terminou com o presidente deposto dos Estados Unidos pedindo desculpas publicamente ao povo brasileiro pelas “ações impensadas de um país militarista” cuja intenção foi um “ato desesperado de nobreza para proteger o planeta”.
“E não acabou por aí. O Estados Unidos vem sofrendo até hoje com sanções econômicas impostas pela ONU que vem restringindo suas importações e exportações, e sem poder minar e roubar as demais nações do mundo o PIB estadunidense vem despencando vertiginosamente, permitindo à China, Índia e o Brasil ocuparem o assento vago no trono do mundo.
“Por conta de todas essas reviravoltas o povo se uniu e se conscientizou acerca da importância da Educação (sim, com E maiúsculo), vencendo a “guerra que não foi” somente com o diálogo e assinaturas de termos de compromisso. Por conta dessa mudança de paradigma fomos o primeiro país a sair do grupo dos “países emergentes” direto para a lista de “melhores países para morar”, “locais para residência fixa mais desejados” e pesquisas afins.
“E não só a Educação foi beneficiada com o despertar do povo brasileiro, pois a saúde, segurança, transporte, habitação e até mesmo o esporte e lazer são coisas de primeiro mundo (agora a frase mais usada é: “são coisas do Brasil” ou de modo pejorativo “brazilian way of life”).
“Nosso país derrubou os níveis de analfabetismo a níveis baixíssimos, o analfabetismo funcional é coisa do passado, e  até o chamado analfabetismo digital está próximo de sua extinção.
“Como não poderia deixar de ser o estado de São Paulo foi o primeiro do Brasil a se adequar completamente à essa nova realidade, reconstruindo as escolas, capacitando os professores e elaborando materiais didáticos e paradidáticos de qualidade excelente. O investimento na área da educação foi tão grande que o salário de professor agora ultrapassou os famosos “futuros garantidos”. Recebemos, por todo o país, mais do que advogados, médicos e engenheiros, e contamos com uma visualização nunca antes atingida.
“A cidade de Itanhaém recebeu recentemente diversos prêmios nacionais por ser um dos primeiros municípios do país a implementar completamente a lousa digital em todas as escolas. Agora cursos técnicos e faculdades voltam seus olhares à segunda cidade mais velha do país, buscando formas de copiar o modelo itanhaense de educação para aplica-lo em seus respectivos municípios.
“Quem diria, olhando agora para dez anos atrás, no longínquo ano de 2012, que conseguiríamos chegar tão longe...

“Matéria publicada nos jornavistas digitais em 2 de outubro de 2022”.

Repetindo: Essa estória é uma ficção. Quaisquer semelhanças com pessoas, lugares ou eventos da vida real é uma mera coincidência.

Frase para de caminhão para reflexão:
“O futuro nem sempre será pior do que o presente; e sonhar ainda é de graça!”

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

"Como o computador contribui para a transformação da escola, da aprendizagem e da prática pedagógica?"

O ser humano é uma criatura inquisidora.

Questiona per si, indaga-se de onde veio e para onde irá. "Cogito ergo sum" (em latim) ou "Penso, logo existo" (em português), portanto, é uma verdade intrínseca à humanidade, arraigada no centro de nosso ser.

Com o passar das eras, a humanidade inventou um objeto para facilitar sua busca por respostas (ou por mais perguntas), e no final do século foi criada a máquina que simboliza em sua essência o Cogito ergo sum: o computador, ou "objeto de computar/calcular".

Criado inicialmente com fins militares ao final da Segunda Guerra Mundial, o computador passou por muitas transformações em sua curta vida de meio século, se adequando às mudanças sociais que tão drasticamente modificaram as sociedades humanas nos últimos 50 anos.

Atualmente, o computador está em todas as empresas e indústrias, em todas as casas, em todas as instalações militares e também em todas as escolas. Nas casas, é visto como meio de entretenimento; nas empresas e indústrias, como meio de trabalho; com os militares, tornou-se uma poderosa arma para fazer guerras mais eficientes e mortais; e na escola...

Na verdade, a escola ainda não se adaptou bem à chegada do computador. Em algumas delas eles são vistos como um mal necessário; em outras como um invasor indesejado; e na maioria delas como um inimigo declarado, uma infecção que deve ser combatida a qualquer custo.

É, escola, se você não se adaptar vai acabar sendo extinta...

Cito Darwin a contragosto, e ele diria algo cruel como: "Adapt, or face erasure" (inglês) ou "Adapte-se, ou seja apagado da existência" (adaptação livre em português).

Faça suas apostas! Os dados foram lançados!

Escola vs Computador - quem vencerá?




O primeiro de muitos!

Olá a todos!

Inicio aqui uma era! (nada modesto...)

O PRIMEIRO POST DE MUITOS!!

Escreverei semanalmente (ou mensalmente) alguns posts para esse blog, que será voltado para Educação, Inclusão Digital e Projetos de Informática.

Mas como não poderia deixar de ser incutirei sempre argumentos pseudo-filosóficos visando a reflexão e o cultivo do ato de pensar, que vem sendo dispensado cada vez mais nessa Era da (Des)Informação.

Desde já aviso que serão somente textos de minha autoria e portanto terão uma linguagem rebuscada e por vezes antiquada, e mesmo possuindo como raiz os problemas enfrentados em nossa sociedade terão quase sempre como copa um convite à fantasia e à saudável divagação.

Incluirei posteriormente uma série de links para blogs parceiros, então aguardem novidades, mesmo que elas demorem um pouco...